quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Tempo

Me dei um tempo, confesso que um tempo pequeno.
Deste blog o tempo foi maior, não tinha cabeça para escrever, o raciocínio às vezes não acompanha as emoções.
Emoções...
Entre a 1a. Fiv e a 2a. me dei apenas um mês, coloquei uma meta para mim mas esqueci de combinar com Deus. Falei que 2015 seria o ano que tiraria para engravidar e seguindo esta ideia fixa esperei pouco, apenas um mês (na verdade foi recomendação médica, é aconselhável esperar um ciclo entre duas Fivs).
Neste mês viajei a trabalho e ele passou mais depressa, e quando vi estava novamente na clínica de reprodução. 
Sentada ao lado do meu marido, ainda com 100% de confiança no médico, ouvimos ele sugerir mudar o protocolo.
* Na primeira Fiv fizemos o protocolo curto e tivemos apena um embrião que foi transferido no segundo dia.
Iniciamos portanto o protocolo longo.
Me vi novamente tomando as injeções que foram muito mais, mas o resultado foi muito melhor.
Nem acreditei no dia da punção quando soube que haviam retirado 7 folículos e 6 foram fertilizados.
Meu coração transbordou de esperança só pensava que minha hora tinha chegado.
Recebi uma ligação de outra médica (meu médico tinha viajado) e ela marcou a transferência de dois lindos embriões de 3 dias.
Já imaginava dois bercinhos, tinha certeza que ia dar certo.
Mas...
O negativo veio como uma facada, dilacerou meu coração, o medo do futuro ainda é muito presente, não saber o que nos aguarda dói.
Meu sonho de ser mãe vem desde criança, não tem como acelerar o tempo para saber se irei realizá-lo ou não.
O que sei é que se eu não fizer nada, nada acontecerá. Se eu tentar terei pelo menos a chance.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Levantando a cabeça


Meu marido sempre fala que reagi melhor do que ele esperava, estou tentando ser forte, pois enquanto não ouvir um: você não poderá engravidar, continuo tendo esperança.
Tem hora que fico muito negativa, por ter baixa reserva ovariana, por ter passado por uma fiv e ter tido apenas um embrião e se ao tertarmos novamente não tivermos mais nenhum ou apenas um novamente.
Não temos certeza de nada, realmente posso passar por tudo novamente e ter mais um negativo, mas e se eu não tentar? Nunca saberei, e se eu tentar e o nosso bebe tão sonhado chegar.
Respirar fundo, tenho feito muito isso. Mas confesso que o que me mantem em pé é a possibilidade de tentar mais uma vez, é ver o marido disposto a passar por tudo novamente.
Voltamos ao meu médico para finalizar o tratamento, saber o que pode ter ocorrido, quando chegamos ouvimos dele que ele estava muito otimista, mesmo sendo um único embrião era de boa qualidade.
Questionei meu endométrio estar apenas com 7mm no dia da transferência, ele disse que uma paciente esta esperando gêmeos com endometrio fino 5,5 mm. 
Mas mesmo assim pediu uma histeroscopia com injúria do endométrio para investigar.
Ele hora nenhuma nos perguntou se tentariamos denovo, na verdade nem precisava perguntar estavamos tao decididos a partir para uma segunda FIV, que a pergunta era mesmo desnecessária.
O médico resolveu mudar o protocolo, mais uma vez ficamos inseguros, são muitas perguntas, porque mudar, será que vai dar certo, será que terei folículos, embrioes, será que terei uma vida dentro de mim, algum dia.
Até para escrever me sinto em uma gangorra emocional, oscilando entre a confiança de que dará certo e o medo de nunca ser mãe.
Para levantar a cabeça é preciso  pensar por etapas, a primeira começa amanhã, mais um exame, mais uma sedação. Quando penso no tanto de agulha que terei que enfrentar novamente me da um frio na barriga e penso se estamos indo rápido demais com todo o processo, mas respiro fundo novamente, o tempo no meu caso é um inimigo e tenho que ter coragem e fé para continuar.
Estamos entrando novamente nesta batalha e vamos sair vitoriosos se for vontade de Deus.
Mais uma vez agradeço pelo marido que tenho, pela família que está cada vez mais unida, resolvi me abrir com minha cunhada e irmãos e tem sido ótimo ter o apoio e o amor deles. 
Não estou sozinha e isso é ótimo.
Rumo a segunda FIV, com muito mais Esperança.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Resultado

Passaram os 12 dias após a transferência, tinha chegado o grande momento, eu e meu marido acordamos cedo e fomos correndo ao laboratório, colhi o sangue e faltava duas horas para saber o resultado.
Estávamos felizes, confiantes, quando chegou a hora de buscar, eu tremia tanto, suava frio, íamos saber.
Peguei o exame e levei para o meu marido quando abrimos toda alegria, todo sonho tinham acabado, a dor tão grande que revivo neste momento de insonia nos consumiu.
Não conseguia falar nada, só chorar, olhar para o meu marido, meu companheiro nesta jornada, e ver a dor no seu rosto, me doia mais ainda.
Acho que foi o pior dia da minha vida. Não sei como medir uma dor, mas era a mais insuportável, um nó na garganta. Achava que já tinha sofrido o suficiente com a imensa jornada que já tivemos para chegar até a fiv. Mas nada foi igual ao negativo após a fiv e pensar que era meu único embrião, era o guerreiro sobrevivente e ele não conseguiu me matava por dentro.
Mas era hora também de respirar, a vida não acaba com o negativo, era hora de juntar os cacos, olhar para o marido e falar que tinhamos que agradecer. Agradecer na dor, agradecer que mesmo recebendo um negativo temos saúde, agradecer por termos tido a chance de tentar, agradecer por estarmos mais juntos do que nunca.
Hoje olho o marido com outros olhos, um amor que não cabe em mim, como sou grata por tê-lo, mas isso também me faz sofrer quando penso que ele não tem problema de infertilidade e não precisaria passar por isso, ouvir dele que esse negativo foi a pior coisa que aconteceu em sua vida e que estava sentindo um vazio me deixa mais triste ainda, mas também disposta, disposta a começar do zero, a passar por tudo denovo. 
E vou começar hoje mesmo ligando para o meu médico.
Que Deus nos dê força.
Eu continuo sendo a Esperança.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Dois dias para o Beta







FAZ UM MILAGRE EM MIM
Como Zaqueu eu quero subir 

O mais alto que eu puder 
Só pra te ver, olhar para Ti 
E chamar sua atenção para mim 
Eu preciso de Ti, Senhor 
Eu preciso de Ti, Oh! Pai 
Sou pequeno demais 
Me dá a sua Paz 
Largo tudo pra te seguir 

Entra na minha casa 
Entra na minha vida 
Mexe com minha estrutura 
Sara todas as feridas 
Me ensina a ter Santidade 
Quero amar somente a Ti 
Porque o Senhor é o meu bem maior 
Faz um Milagre em mim

terça-feira, 28 de abril de 2015

A vida pós transferência não tem sido fácil.
Minha cabeça funciona como uma montanha russa, às vezes super otimista, às vezes pensando o que vai ser de mim quando ler negativo.
Tenho tido muita insônia e me vejo igual uma louca apegada a qualquer coisinha diferente que acontece comigo que poderia ser considerado um sintoma.
Agora cismei que desinchei o que seria motivo de alegria tem me deixado louca, são oito dias após a minha transferência, e tenho achado que desinchar é um péssimo sinal, nem Dr Google me salvou.
Enquanto isso vou tentando fazer exercícios de respiração e colorindo livros anti estresse, lendo isso me sinto uma boba mas tudo que ajude o tempo a passar e ocupe minha cabeça é bem vindo.

sexta-feira, 24 de abril de 2015


Estou no quarto dia após transferencia, coloquei um embrião de dois dias com 4 células e todo o dia quando acordo gosto de imaginar em qual fase ele está. 
Tenho andado muito irritada, barriga inchada e gases. Esses sintomas são referentes ao excesso de hormônios que tomamos.
Tem hora que acho que vou ficar doida, o tempo não passa e imagino que não deu certo por ainda não sentir nada e tem hora que acho que deu certo sim, lembro todo procedimento e a confiança que tenho no medico isso me deixa otimista.
O que realmente importa é que fiz minha parte agora é esperar Deus agir. 
Nas minhas pesquisas impulsivas no Google achei essas tabelinhas. Como todas nessa fase são ansiosas acho que vão gostar. 
Beijos


A tabela abaixo corresponde a transferência do blastocisto. A diferença é que com seis dias o hormônio hCG já começa a circular na corrente sanguínea. No dia 9 já é possível diagnosticar a gravidez por meio do exame de sangue.


DIA A DIA – Pós Transferência de Blastocistos (embrião de 5 dias):

Dia Pós Transferência (DPT)
Desenvolvimento embrionário
Um
O blastocisto começa a eclodir fora de seu escudo
Dois
O blastocisto continua a chocar-se fora de seu escudo e começa a se fixar no útero
Três
O blastocisto anexa mais profundo para o revestimento do útero, começando a implantação
Quatro
Implantação continua
Cinco
Implantação foi concluída, as células que eventualmente se tornará a placenta e o feto começará a desenvolver
Seis
Gonadotrofina coriônica humana (hCG) começa a entrar na corrente sanguínea
Sete
Desenvolvimento fetal continua e hCG continua a ser secretado
Oito
Desenvolvimento fetal continua e hCG continua a ser secretado
Nove
Os níveis de hCG agora são altos o suficiente para detectar uma gravidez

Dia a Dia Pós Transferência de embriões de 2 ou 3 dias
Dia Pós
Transferência
 Desenvolvimento embrionário
 Um
O embrião continua a crescer e se desenvolver, transformando a mórula de um embrião de célula de 6-8
 Dois
As células da mórula a continuam a dividir, se tornando um blastocisto
 Três
O blastocisto começa a eclodir fora de seu escudo
 Quatro
O blastocisto continua a chocar-se fora de seu escudo e começa a se fixar no útero
 Cinco
O blastocisto anexa mais profundo para o revestimento do útero, começando a implantação
 Seis
Implantação continua
 Sete
Implantação for concluída, as células que eventualmente se tornará a placenta e o feto começaram a desenvolver
 Oito
Gonadotrofina coriônica humana (hCG) começa a entrar na corrente sanguínea
 Nove
Desenvolvimento fetal continua e hCG continua a ser secretado
 Dez
Desenvolvimento fetal continua e hCG continua a ser secretado
 Onze
Os níveis de hCG agora são altos o suficiente para detectar uma gravidez


 Fonte: http://www.nyufertilitycenter.org/ivf/embryo_transfer

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A transferência

Segunda, dia 20, fui buscar o meu único embrião, meu guerreirinho.
Cheguei na clínica com a bexiga beeemmm cheia, acho que nunca esteve tão cheia.
Na verdade estava com muito medo, medo de dar algo errado e não ter nenhum embriao, mas respirava fundo e aguardava a minha hora.
Quando me chamaram já me deu um frio na barriga, ia acontecer.
Meu marido pode participar da transferência e desde o momento que vimos nosso embrião no laboratório foi muito emocionante, aquela tristeza de ter apenas um transformou em uma alegria sem tamanho, temos um.
Quando o Dr. colocou ele na minha barriga a emoção foi maior ainda.
Agora é esperar, rezar, torcer, para o embrião ser guerreiro, crescer e agarrar na minha barriga.
Ainda faltam 10 dias para saber se o meu milagre aconteu, enquanto isso vou aprendendo a esperar, vou aumentando minha fé.

domingo, 19 de abril de 2015

Desabafo

Dizem que escrever acalma a alma. Ontem foi dia da minha punção. Voltei da anestesia agarrando todas as enfermeiras querendo saber se o médico tinha conseguido algum óvulo.
O meu desespero é justificado por ter começado o processo com poucos foliculos.
Mas toda pressão imposta por mim as enfermeiras claro que foi em vão. Sai do bloco sem resposta.
Meu marido estava me aguardando sempre com muito cuidado comigo (o amor só aumentou durante todo o processo), estávamos saindo da clínica quando ele me disse que o Dr tinha conversado com ele e contado que tinha conseguido três ovulos.
Fiquei tão feliz, três tentativas poderia até congelar um, mas aí veio o choque de realidade, faltava fertilizar e não tinha nenhuma garantia dos três serem fertilizados.
Meu Deus, que angustia temos que esperar o médico ligar com a notícia.
E ele ligou hoje, um, apenas um fertilizado, meu chão caiu, vi minhas chances de ser mãe ir para bem longe e chorei de soluçar.
Mas coloquei a cabeça no lugar meu medo era não ter nenhum e tenho uma chance, um embrião que buscarei amanhã, como disse meu médico: venha buscar seu guerreiro.
Só a fé para me amparar.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Hoje o dia está bem confuso, alegria pelos folículos que desenvolveram bem (OD: 18mm, 17mm, 17 mm, 14mm, 13mm e OE: 17mm e 17 mm), mas um receio enorme pela pouca quantidade de foliculos  (5 foliculos em tamanho ideal).
O Dr. está confiante marcou minha punção para sábado. 
Sempre quando me pego com medo pelo pouco número de foliculos agradeço a Deus por ter ao menos a chance de tentar, basta ao menos um se transformar em um embrião e o positivo chegar.
Coração apertado mas cheio de esperança.
Fiz tudo que era possível agora entrego nas mãos de Deus. 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Medicamentos

Iniciei o tratamento, e o que consiste?
O protocolo de FIV escolhido pelo meu médico é o antagonista.
Dia 08/04 iniciei o tratamento com o menopur, desde a primeira vez, que foi acompanhada pela farmaceutica da clínica, quem aplica é o meu marido, essa injeção é dada na região da barriga,
Do dia 08/04 até o dia 12, foi ministrado apenas o Menopur, não sinto dor só um incomodo no local após aplicação e uma sensação de inchaço. 
Dia 13/04 voltei à clinica para fazer um US, para minha alegria ouvi mais um ohhhh, meus 7 folículos estão desenvolvendo, o maior 14mm e o menor 9 mm, não sei qual o tamanho ideal, mas o médico ficou satisfeito com o que viu e me indicou um novo medicamento o antagonista (o menopur é usado para estimular o desenvolvimento dos folículos o antagonista impede que o folículo se rompa liberando antecipadamente o óvulo), o nome do antagonista que estou usando é o Cetrotide (meu marido aplica ele de um lado e o menopur do outro). Este medicamento já  é mais chatinho, no dia 13 não senti nada além da picada (a agulha é um pouco maior) mas ontem me deu muita coceira e uma bolinha no local da aplicação.
O que tenho sentido no meu corpo confesso ser menos do que imaginava, sinto apenas o inchaço e uma sensação leve de incomodo na barriga, no dia 13 retornando da capital senti uma dor de cabeça fortíssima mas acho que não tenha relação com os medicamentos, afinal só senti neste dia.
Amanhã tenho mais uma US para ver como os folículos estão se desenvolvendo, tenho evitado ficar ansiosa, me preocupo e torço pelo sucesso de cada etapa. 
Mas estou bastante otimista e com muita fé em Deus.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Novidades

Lá fui eu para mais uma contagem de foliculos, dessa vez o Dr não falou para aguardar a menstruação chegar marcou para me ver no dia 02/04.
Tomei AC até o dia 28/03 e fui no dia 02 mesmo sem a menstruação ter descido.
Chegando ao consultório me vi mais tranquila como nunca, tenho aprendido a ter calma e esperar a hora certa.
Quando chegou minha vez o médico não foi muito otimista, falou que no meu caso só consegue ver depois que menstruo. 
Na minha cabeça já estava preparada para esperar mais um ciclo, mas ele pediu para me ver no dia 08/04 independente de quando menstruasse.
A menstruação veio no sábado 04/04 e no dia 08 fui para mais um ultra.
Qdo o Dr foi me examinar falou pela primeira vez: ohhhh, já me vi toda esperançosa esse ohhh parecia ser coisa boa rsss
Ele começou a contar: 5 foliculos do lado direito e 2 folículos do lado esquerdo. Sete, novamente sete, mas o Dr ficou animado falou que tem três de tamanho excelente, e que queria iniciar o tratamento, confio muito no meu médico nunca pedi para iniciar e nunca pediria esperei sempre ele decidir e novamente deixei nas mãos dele e ele decidiu que era hora.
Borboletas atacaram meu estômago, era a hora, acostumei tanto a ouvir que não era a hora, que teria que esperar um novo ciclo, não estava preparada para começar, foi uma surpresa.
Fiquei muito feliz mas ao mesmo tempo a apreensão voltou e quis perguntar para o Dr. se o fato de ter apenas 7 minhas chances seriam menores, ele afirmou que não. 
Entretanto nem tudo foi felicidade, a minha alegria quase que virou tristeza, para iniciar o tratamento eu e meu marido tivemos que fazer mais exames de sangue e depois pegar os remédios na farmácia.
Tanto o laboratório quantp a farmácia ficam dentro da clínica. O laboratório fecha as 17:30 e a farmácia as 18:00. Era 16:30 quando descemos para o laboratório, meu marido tirou sangue primeiro e o processo todo durou 10 minutos, chegou minha vez e achei que também seria rapidinho. Primeiro tentou no braço direito e não conseguiu, comecei a preocupar pois ela tremia muito, foi tentar no esquerdo conseguiu pegar a veia mas de tanto tremer acho que deixou o sangue voltar, uma montanha foi criada no braço (sem brincadeira, inchou muito) nunca tinha acontecido isto comigo e fiquei realmente nervosa, coloquei gelo no local, enquanto isso vi o laboratório transformar em uma cena de guerra, meu sangue estava em todos os locais, e o pior não tinha o suficiente.
A atendente tremia mais, estava transtornada e eu esperando uma solução afinal precisava de tirar o sangue e ela era a única que tirava.
Respirei fundo e deixei ela tirar na mão, até que enfim. O sofrimento acabou, mas ainda tínhamos que pegar os medicamentos e nem percebemos que estava quase na hora de fechar, quando chegamos no financeiro as atendentes estavam indo embora, quase surtei, já tinha me mantido calma durante mais de uma hora que a moça passou tentando tirar meu sangue, mas naquele momento quando fui informada que a farmacêutica tinha ido embora minha vontade era voltar no laboratório e descontar toda minha raiva. 
Respirei fundo e contei toda história e quando voltei a raciocinar fui informada que ela já tinha chamado a farmacêutica de volta e que tudo daria certo.
E voltei feliz para casa com um hematoma enorme mas com minha sacolinha de medicamentos.

Meu braço como ficou: 

quarta-feira, 25 de março de 2015

Depois de períodos de ansiedade que me levaram até ao hospital, encontrei minha paz.
Não sei explicar ao certo de onde vem, se é da fé que tudo dará certo, se é do saber que estou apenas no início de uma longa jornada, se é do apoio do maridão que me conforta só com o olhar.
O que importa agora é que tenho encontrado meu equilibrio.
Se alguma de vocês estiver muito ansiosa aconselho a acupuntura, tinha preconceito, achava que era bobagem, mas hoje posso afirmar que as agulhinhas são poderosas.
Usando as palavras do rei  Roberto Carlos, vou continuar na fé que me faz otimista demais.
Na hora certa meu bebê virá.

terça-feira, 17 de março de 2015

Sexta foi um dia muito difícil, estava toda esperançosa não me contendo de tanta alegria e quando pensava que tudo daria certo, o médico me olhou e mais uma vez disse: onde estão esses folículos.
Vi meu sonho indo novamente pelo buraco. Só ficava me dizendo mentalmente seja fote, não chore , ainda não é a hora.
Essa força durou bem pouco, saí da clínica, meu marido olha para mim e já estou quase sem ar, achei que fosse explodir, e chorei, chorei, chorei...
O choro é importante para mim, nos liberta, ou apenas me liberta, depois do choro vem a firmeza de que tenho que continuar. 
Essa é apenas a primeira etapa.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Tenho novidades, ontem fui pela terceira vez tentar iniciar meu tratamento para FIV, e das duas última vezes meu médico me deu como resposta um não, me informando que tinha poucos folículos.
Mas ontem pela primeira vez ele não me deu um número de folículos, ele me deu esperança, pediu para eu voltar na sexta (chega logo) para ver se o que ele estava vendo iria se desenvolver bem.
Foi a primeira vez que fui embora sem chorar, pelo contrário fui flutuando, alegria inexplicável por apenas ter uma chance.
Como cheguei tarde não pude ligar para as duas pessoas que sabem do meu tratamento (meu pai e minha sogra), assim que acordei já fui ligando, primeiro para minha sogra (ela acorda cedinho) dividi com ela minha alegria e ela agradeceu muito a Deus.
Mas quando liguei para o meu pai, fiquei tão triste, não sei se vocês entenderão minha tristeza, mas assim que contei toda feliz que tinha chances de iniciar o tratamento o que meu pai me diz: minha filha eu ainda acredito que você terá de forma natural.
Como assim? Fiquei louca, pai você não entende, meu sonho sempre foi ter de forma natural, tentei e tentei e tentei, tanto que hoje não posso me dar o luxo de tentar, tenho que correr contra o tempo, tenho baixa reserva ovariana. 
Como uma simples frase pode me desestabilizar dessa forma, respirei fundo liguei novamente e o convidei para vir a minha casa, para eu explicar novamente tudo que aconteceu e está acontecendo comigo.
Sei que foi minha culpa esta situação, só nos atinge o que realmente nos deixamos atingir, sei que meu pai teve a melhor das intenções ao falar isto para mim, eu o amo muito e sei que ele me ama também, agradeço a Deus por ter um pai tão bom.
O que tiro como experiência é o fato de ter que me fortalecer mais, foi só uma frase e me abalou, hoje só dois sabem, quando recebermos nosso milagre e as pessoas souberem a forma como foi, ouvirei muito mais, tenho que estar forte.
Estou buscando sempre meu equilíbrio, a acupuntura tem me ajudado bastante, mas ainda preciso de mais.
Vou continuar com minha alegria da pequena boa notícia e rezar para sexta ela ser completa. 
Um passo de cada vez.


terça-feira, 10 de março de 2015

A incerteza do futuro

 A ansiedade e o medo às vezes me domina. Fecho os olhos e fico imaginando uma maneira de acelerar o tempo, ou só uma forma de visitar o futuro e voltar, busco a resposta que tanto me assombra. Serei ou não mãe.
Por mais louca que pareça já busquei nos sonhos, o que  me mantem é a fé e a certeza de que para Deus nada é impossível. 
Falei para acupunturista da vontade de saber o que tem no futuro e ouvi como resposta, qual seria o sentido da vida se já soubéssemos o que aconteceria.
O que nos move é justamente a vontade de fazer acontecer.
Mas mesmo ouvindo isso meu coração continua pedindo um acalento. Sigo fazendo minha parte esperando a mão de Deus agir onde não posso.
Confiança, fé.
Esperança


quarta-feira, 4 de março de 2015

Algo seu ou algo compartilhado?


Li em um dos blogs que sigo um post sobre um questionamento que me faço sempre: Contar ou não para amigos e/ou familiares.
Quando você está há tanto tempo tentando engravidar, as pessoas ao seu redor se sentem no direito de te questionar, mas você não vai fazer nada, conheço um médico excelente, tenho uma amiga fez isso ou aquilo. 
O que as pessoas às vezes não entendem, é que cada um tem seu tempo, sua necessidade.
Se demoramos ou não para iniciar um tratamento, foi porque antes não era a hora certa, com o meu quadro atual talvez pagaremos por esta demora (evito ao máximo esse pensamento, sinto que conseguiremos realizar nosso sonho).
Mas ter ou não demorado foi uma escolha nossa, como cada casal tem o direito e o dever de escolher o momento de tentar um filho ou de dar um passo como a FIV.
Esse tipo de invasão me causa muito desconforto, por isso dessa vez resolvemos manter segredo, é algo nosso, só contamos para minha sogra e para o meu pai, são pessoas que nos dão um equilíbrio e uma palavra de conforto na hora certa, ou simplesmente para ter alguém para desabafar.
Compartilhar algo assim é aumentar a pressao, é dar a liberdade de alguém chegar perto e falar e aí deu certo? E as vezes, como no meu caso, vc nem ao menos iniciou e terá que ficar horas explicando algo que talvez vc nem quisesse falar naquele momento.
Resolvemos manter segredo, mas isso também é de cada um, se você se sente melhor falando siga seu coração.

terça-feira, 3 de março de 2015

Esperança no mês de março



Hoje tomo minha última pílula anticoncepcional, fico um pouco apreensiva por não ter podido nem iniciar o tratamento.
Mas dessa vez, estou sentindo algo diferente, não sei se por causa da medicação, da acupuntura, mas minha esperança está renovada, acho que quando formos contar os folículos teremos uma grande surpresa.
Acredito, hoje mais do que nunca, que para Deus nada é impossível, tenho pedido com a fé renovada uma chance e sei que Ele me dará.
O mês de março é muito especial para mim e acho que ganharei mais um motivo para continuar sendo meu mês preferido.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Acupuntura

Engraçado escrever aqui, me sinto como fazendo um diário, mas que pode cair no colo de qualquer pessoa.
Tenho feito tudo o que me foi recomendado pelo médico especialista em reprodução.
Tenho 34 anos e baixa reserva ovariana, depois de duas tentativas de iniciar o tratamento para fertilização in vitro impedidas pelo pouco número de folículos (6, 7), meu médico indicou além da testosterona em gel a acupuntura.
Sou uma pessoa que não sabe mentir, minhas expressões faciais me delatam, quando o Dr. me indicou a acupuntura, todo o meu preconceito ficou exposto, não precisei falar nada.
Ele já foi logo explicando e disse o seguinte: é comprovado por estudos cientifícos o auxílio da acupuntura no tratamento de fertilização.
Não satisfeita fui para o Dr. Google que me mostrou diversos artigos, em várias línguas.
Ok, se é para ter um bebê, vou fazer tudo, tuuuuudoooo, o que for necessário.
Marquei uma consulta na segunda dia 23/02 e como foi o primeiro encontro, ficamos só conversando, na verdade foi feita uma avaliação.
O ambiente é legal músicas tranquilas, cheiro de incensos, um pouco esotérico.
Hoje comecei  o tratamento, deitada em uma maca fui espetada por diversas agulhas, vou ser muito sincera a vontade que dá é sair correndo, mas quando penso no que quero  para minha vida, sempre penso em um filho e por esta chance de ser mãe me apego e faço qualquer coisa.
Essa jornada está só no início. 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Testosterona

Oi gente,

estou muito ansiosa, doida para começar a preparação para FIV, já fui ao meu médico em dois ciclos e não pude iniciar o tratamento.
O motivo é o baixo número de folículos, na primeira vez apresentei apenas 6 folículos e na segunda apareceram 7.
O médico explicou que o ideal seriam 10, apesar de ter apenas 34 anos, um exame de sangue (que nunca haviam me pedido, vou contanto aos poucos minha longa jornada para ser mãe) apresentou uma alteração, e demonstrou que sou uma forte candidata a ter menopausa precoce, minha reserva ovariana está baixa e minha luta agora é também contra o tempo.
Toda mulher já nasce com um número certo de óvulos disponíveis e infelizmente não é possível aumentar esse número, ele é imutável. 
O que acontecerá comigo agora?
Pois bem, não sei, mas tenho feito tudo que é possível para aumentar o número de folículos e espero que na terceira vez eu possa começar meu tratamento.
Uma das coisas que meu médico indicou foi o uso de testosterona em gel, a ser passado abaixo do umbigo na hora de deitar.
Gostaria muito de saber se alguém usou e se teve resultado positivo.
Não consegui achar na internet casos iguais ou parecidos ao meu. 

Apresentação


Pensei muito a respeito de dividir ou não um momento tão delicado que estou passando.
Coloquei na balança e vi que dividir além de ser uma válvula de escape pode ser também de grande ajuda para quem estiver vivendo algo parecido.
Mas para ficar mais à vontade não quero me identificar, me chamem de esperança, porque só a esperança para me dar força de continuar e fazer tudo que tenho que fazer.
Resumo da história
Desde criança as mulheres já brincam de casinhas com suas bonecas, e comigo não foi diferente, única mulher entre dois irmãos, passava meus dias com duas filhas no braço Luana e Karina, Luana era mais velha e sofreu mais, tinha o rosto todo rabiscado, Karina era linda, mas eu tinha uma secreta preferência pelo o bebê com um sol na testa.
Cresci com o sonho de um dia ser chamada de mamãe.
No dia que fiz 26 anos me casei com um homem lindo no qual antes mesmo de casar compartilhei este desejo.
Ele também quer ser pai, mas queria esperar um tempo para poder pensar no assunto, e esperamos 4 anos e meio para começar a tentar.
Fizemos exames de sangue e vimos que estávamos prontos íamos tentar.
Passei a ser uma tentante e no final de cada ciclo uma frustração, tristeza absurda com a chegada da menstruação, que sempre vinha religiosamente após 28 dias.
Alguns meses passaram e comecei a ouvir, você é muito ansiosa, relaxa que vai dar certo.
Relaxei e se passaram dois anos sem nada.
Resolvemos após esses dois anos procurar um médico e explicar nossa situação, o Dr número 1 nos pediu trezentos exames.
Meu marido fez o único direcionado a ele e ficou constatado que seus espermatozóides são de ótima qualidade e quantidade.
Era hora de me virar do avesso, e me viraram, histerossalpinografia, videolaparoscopia, mais exames de sangue, foram mais seis meses nesse processo e o resultado quando levado ao Dr 1 era que tudo estava ok, aliás ele achou que a histerossalpinografia apresentava um pouco de entupimento nas trompas, obaaaa a esperança gritava dentro de mim, achou o defeito agora vamos consertar.
Marcamos uma videolaparoscopia cirúrgica, partimos eu e meu marido para esta jornada. Entrei no centro cirúrgico rindo de um canto ao outro, afinal estávamos a um passo de sermos pais.
À noite o Dr 1 chega ao meu quarto, eu super ansiosa já olho para ele, esperando a boa notícia e...
Não havia nenhum entupimento nas suas trompas, mas, amei esse Mas, vi focos de endometriose leve e as cauterizei. Sugiro que vocês tentem por seis meses e retornem caso não consigam para começarmos o procedimento (FIV).
Fazendo jus ao nome que escolhi para ser chamada aqui, tinha não só esperança como certeza que não precisaria chegar a FIV, se era alguma lição que Deus resolveu me dar já estava de bom tamanho.
Mas se passaram seis meses e eu e me marido nos olhamos e falamos, vamos esperar mais um pouco.
Tenta relaxar você é muito ansiosa, nunca digam isso a uma tentante, fica a dica, ela sorri mas na verdade dentro da cabeça dela houve um fuzilamento e o sorriso foi só por pensar em sua cabeça explodindo, desculpa o desabafo.
Continuando, resolvi me apegar nas novenas e pedindo uma luz, surgi uma amiga e me conta sobre o Dr 2, conhecido na cidade como fazedor de bebês.
Foi um sinal dos céus, vou lá, e fui, ele com todo seu jeito de doido, me diagnosticou com ovário policístico, sério??? Fiz mil exames e o Dr 1 não viu, agora tenho certeza que vai dar certo.
Fiz rastreamento de ovulação, até então não tinha feito, e tomei indux. A esperança gritava, é hoje, vou ser mamãe.
Mas não deu certo, 3 ciclos de indux e resolvi parar, li que não era bom tomar direto.
Conversamos novamente e decidimos que em janeiro de 2015, partiríamos para FIV.
Lá fomos nós, para a capital, agendamos  em dezembro com o Dr 1, estávamos firmes, decididos e...
Chega a secretaria da clínica de fertilização, sinto informá-los mas o Dr 1 teve um imprevisto e não chegará a tempo.
Meu coração foi a boca e voltou, dos Meus olhos saiam fogo, mas respirei fundo sorri e disse: me arrume qualquer médico mas só volto para minha cidade após consultar.
Então aparece em nossas vidas o Dr 3, ele me passa muita segurança, explica toda teoria .
Novamente com muita esperança, torço para a menstruação vir rápido para começarmos.
E ela veio (sempre vem), chego no consultório pulando de alegria e quando o doutor vai examinar vê só 6 foliculos, (tinha que ter 10) toda alegria transforma em desespero, o ombro do meu marido mais uma vez ensopado, porque meu Deus, o Dr. 3 me receita Diane 35, sim anticoncepcional e pediu para fazer um exame de sangue.
Tudo bem, vamos esperar mais um ciclo, tenho fé que da próxima vez vamos conseguir começar o tratamento.
3 dias depois sai o resultado do meu exame de sangue o estradiol estava dentro do esperado mas o fsh estava muito alto.
Fui para o Dr Google e pirei, só li falência ovariana, menopausa precoce e fui parar no hospital, 4 dias de tontura, labirintite nunca tinha tido, mas tive.
Resolvi esperar a menstruação chegar para perguntar ao Dr 3 sobre esse exame é desistir da internet durante essa espera.
Tomei o Diane até o dia 9 de fevereiro e esperava que ela viesse três dias depois do término, mas para me matar demorou 7 dias, com um carnaval no meio para me deixar mais ansiosa ainda, com medo dela vir em algum dia em que a clínica estivesse fechada, mas ela veio na segunda (ufa, os céus novamente do meu lado) ele tem que me ver no segundo ou terceiro dia da regra. Partiu quarta-feira de cinzas e fomos para capital.
Mostro meu temido exame para o Dr. 3 esperando ouvir que o Dr. Google é uma merda e está tudo ok e... O Dr. 3 olha para mim todo preocupado, minha filha está muito alto para sua idade (tenho 34 anos) você está com baixa reserva ovariana, temos que meter o pé no acelerador, vamos contar estes foliculos, só tinha 7.
Meu mundo caiu, só quero uma chance, quero poder tentar, será que não poderei nem isso, o Dr 3 diz que tenho chance e que o anticoncepcional ajuda, e me receitou testosterona em gel e também acupuntura.
O ombro do marido novamente virou uma poça d'Água.
Mas vamos ter força, compramos o remédio e segunda começo a acupuntura. Que Deus não nos deixe perder a fé e nos dê sempre esperança.