quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Consulta na clínica nova

Em maio fui à consulta, mais uma vez eu e meu marido pegamos a estrada, levando todos os exames que fizemos e de coração aberto, só faríamos uma nova tentativa se sentíssemos confiança.

Chegando à clínica, observamos que era um local mais simples, a outra tínhamos que passar por diversos setores até chegar ao médico, nessa era só a secretária e já estávamos esperando por ele.

Ao conhecer o médico me deparei com uma pessoa oposta a outra que estava acostumada, o primeiro médico era um poço de confiança e alimentava toda esperança que o tratamento daria certo, este médico que eu estava conhecendo era seco, sincero e seguro do que falava, talvez para algumas pessoas ele não serveria, para mim era perfeito, já estava cansada de ser iludida, precisava deste médico.

Já nesta primeira consulta, ele me falou algo que nenhum outro falou, pelo resultado da minha histerossalpinografia (exame feito com contraste) ele me afirmou categoricamente que minhas trompas estavam obstruídas e que meu caso era realmente para FIV, contei que tinha feito uma cirurgia para desobstruir mas durante o procedimento ele viu que elas estavam desimpedidas, ele olhou para mim e simplesmente falou: estão obstruídas é algo que pode não conseguir ver durante a cirurgia.

Oiiiii? Fiquei em choque por alguns segundos, porque querendo ou não sempre tive a ilusão que em qualquer momento poderia engravidar naturalmente. (mesmo tentando por 5 anos)

Perguntei o motivo dessas aderências, já que nunca tive uma infecção, a explicação é uma cirurgia de remoção de apêndice que fiz aos 13 anos.

Então além da leve endometriose, tireoidite de hashimoto, baixa reserva ovariana as minhas trompas estavam obstruídas.

Depois da consulta passei na tesouraria e pedi para mandarem um e-mail com valores, mas já estava decidida a fazer. Tinha perguntado ao médico quando deveria voltar, ele respondeu no segundo dia da menstruação. 

Avisei que Junho faria uma viagem e provavelmente voltaríamos em julho.

Ahhh, ele me receitou algumas vitaminas diferentes que merecem um post a parte. Por enquanto vou contando a história...






terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Mudando minha vida

Resolvi continuar 2015 sem falar mais no assunto.

Não mencionava mais tratamento, desejo de engravidar, fui viver, trabalhar, respirar...

Como precisava desse tempo.

2016 iniciou, e quis mudar meu estilo de vida, procurei uma nutricionista, entrei em uma academia.

Mudando minha alimentação e exercitando, fui emagrecendo e me sentindo melhor, o sorriso voltou ao rosto e criei alma nova.

Não tinha matado meu desejo de ser mãe, inconscientemente estava me preparando de uma forma diferente, estava me resgatando do buraco que havia me enfiado.

Passou Janeiro, Fevereiro e eu estava cada vez melhor, voltando a ser a mulher positiva, sempre com sorriso no rosto.

Estava me recuperando, faltava fortalecer outra parte de mim, a minha fé e no dia 25 de março recebi de uma amiga (que teve dificuldade de engravidar e recebeu a sua graça no início de 2016) uma novena e ela me explicou como eu deveria fazer.

Esta novena me acompanhou todos os dias por nove meses e me apeguei a ela, recuperei minha fé e o melhor minha esperança estava voltando.

Sabem quando várias coisas aleatórias te mandam para o mesmo lugar? Pois bem estava tão fortalecida que senti no coração que deveria voltar, mas não queria a mesma clínica muito menos o mesmo médico. E de repente uma, duas, três pessoas me falam de uma outra clínica, de um outro médico. Então resolvi ligar e agendar uma consulta, não estava com pressa, queria agir diferente, usando toda paz que consegui recuperar.

Agendei uma consulta em maio e fui....


Esperança de ser mãe

Esperança: confiança em conseguir o que deseja

Estamos em 2017 e parei de escrever no blog em 2015, quando minha esperança estava abalada.

Vou tentar fazer um resumo.

Após a transferência dos dois embriões, esperei um mês e retornei para buscar o meu último embrião. Dos 6 fertilizados na segunda FIV, 2 foram transferidos e apenas um chegou a blastocisto (embrião de 5 dias).

No dia da transferência, era minha terceira, algo dentro de mim havia morrido, olhei para o médico e não confiava mais nele, não confiava mais em nada.

Fiquei muito nervosa pela demora dele em realizar a transferência, tinha um horário combinado, fui com a bexiga cheia como é a recomendação e ele mandou esvaziar pois iria atrasar.

Quando chegou na hora dele fazer o procedimento, vi o meu embrião saindo da casinha e desesperei, ele transferiu e eu surtei, falei que ele tinha falhado comigo e que daria errado, não teria nem esperança daquela vez.

Ele assustou com minha reação e chamou a psicóloga da clínica.

Já estava tão farta de tudo que fiquei nervosa com ela também, não aguentava mais a conversa fiada (era assim que já estava vendo aqueles profissionais).

E como eu mesma esperava, recebi meu terceiro negativo.

Estava exausta e sem esperança. Precisava de um tempo.

Mesmo sabendo da minha baixa reserva ovariana, quis parar com tudo, precisava me fortalecer, cuidar da minha cabeça e do meu corpo.

Mais uma vez vi meu marido do meu lado, dando todo apoio necessário nesta decisão.

Sabíamos das consequências mas eu realmente precisava voltar a ser eu, me perdi durante todo esse tratamento.

Continua no próximo ...